quarta-feira, 6 de julho de 2011

Barragem do Carril. Treino.

Uma tarde solarenga a “convidar” a um bom mergulho e alguma disponibilidade de horário e aí vamos nós. Trouxa às costas, que é como quem diz, toda uma panóplia de equipamentos (garrafas, fatos, coletes, barbatanas, máscaras, luvas, reguladores, botas, etc…) e toca a rumar para mais um treino de mergulho.
            Depois de uma análise profunda J à questão (que sempre se coloca nesta altura), “onde é que vamos mergulhar?”; depressa decidimos ir até à Barragem do Carril.
            Com argumentos como a “proximidade”, a “necessidade de conhecimento do local” e a “falta de mergulhos recentes no local”; lá fomos nós direitos à barragem do Carril (Latitude 39°36'41.09"N ; Longitude  8°21'28.43"W).

            Esta é a versão “oficial” para a escolha do local, mas cá para nós que ninguém nos lê; a versão verdadeira é outra – CA-GU-FA! Ah pois é… desde que alguém alegadamente avistou uma espécie alienígena nas águas da Barragem do Castelo do Bode (clique aqui para ver reportagem da RTP), que nunca mais lá pusemos a barbatana. Há quem diga que é coincidência. Será? Não sei não J.
            Chegados ao local e lá vem um misto de sensações, típico dos mergulhadores. Por um lado, a ânsia de pôr o corpinho num plano horizontal e “planar” até ao abismo e por outro o de ter que fazer aquele “frete” de montar, equipar e verificar todo aquele equipamento .
            Passado o “cabo das tormentas”, ala que se faz tarde. Toca a submergir rumo ao desconhecido.
            Primeira sensação! Espectáculo! Água “quentinha”. Algo inesperado, pois sabíamos por experiência própria, que a água da Albufeira do Carril era bem fresquinha. Tínhamos então a primeira novidade e como era uma boa novidade, toca a desfrutar. Relaxamento total, yes!!!
Quanto à visibilidade no local e até aos 6m de profundidade, esta variava entre os 50 e os 100cm (1m).
Passada a “euforia” e o relaxamento inicial, veio a “necessidade” de ir um pouco mais fundo, para aprofundar o nosso conhecimento do local.
 Fomos então, lado a lado, direitos ao fundo, até que aos 6m apanhámos a já tão esperada como indesejada “barreira térmica”. Aquela fronteira onde a água deixa de ser “quentinha” e passa a ser bem “geladinha”. É incrível como descendo apenas 1m (dos 6 para os 7m) de profundidade se desce seguramente entre 5 a 10ºC de temperatura. É verdadeiramente um gelo.
A par da descida da temperatura, também a visibilidade fica praticamente igual a zero (consegue-se ver os equipamentos a poucos centímetros da máscara).
Com estas condições, é fácil de adivinhar que muito rapidamente e à mínima distracção, se perderia o contacto com o companheiro. Foi isso mesmo que aconteceu. Durante cerca de 1 min, perdi o contacto visual com o meu companheiro (João Marques).
Calma, serenidade, saber, conhecimento, etc… eram então os requisitos necessários e esperados face à situação inopinada que estava a acontecer. E assim foi, fazendo valer todas estas características e o facto de já nos conhecermos muito bem, fomos comunicando através de sinais sonoros de modo a podermo-nos reencontrar no local, sem necessidade de subir à superfície de imediato.
Em menos de 1min a equipa estava reunida e lá fomos, agora ainda mais próximos, continuar o nosso mergulho.
Findo o treino, ficam algumas sensações e experiências, que certamente enriquecerão o nosso saber e experiência enquanto mergulhadores.
Resta acrescentar como curiosidade, que não vimos em todo o tempo de imersão (cerca de 1h), uma única criatura viva, para além de nós, claro!
Um Pró…FUNDO J Abraço Amigos/Companheiros.
Deixo-vos aqui algumas fotos.       


























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