sábado, 17 de março de 2001

Minde - Poio (Polje) de Minde ("Mar" de Minde)

O Poldje de Mira–Minde (conhecida localmente como a Mata de Minde) é uma depressão que separa os Planaltos de Santo António e São Mamede. Esta depressão de fundo plano, tem uma extensão de 4 Km de comprimento por 1,8 Km de largura e resultou da movimentação de blocos a partir de falhas existentes na litologia do terreno.
O Polje e as nascentes associadas (Alviela, Almonda e Olho da Maria Paula) foram classificados em Dezembro de 2005 como sítio Ramsar, o que significa que constituem um importante património internacional como zona húmida temporária e ecossistema para inúmeras espécies.
Durante as épocas em que ocorre maior precipitação, o Polje de Mira – Minde inunda, isto porque é alimentado por quatro nascentes: Regatinho, Contenda, Poio e Olho de Mira. Nessa altura origina um grande lago, no qual as espécies florestais e animais se desenvolvem. Em algumas zonas, a água chega a atingir uma profundidade de oito metros. Nesta altura do ano podemos encontrar aves diversas como o pato-real, a galinha-d’água e o galeirão. No interior existem também inúmeros sumidouros que escoam a água para o subsolo, encontrando-se no Maciço Calcário Estremenho um dos maiores reservatórios subterrâneos de água doce em Portugal.

Gruta do Poio (ou Pena)
A Gruta do Poio é um dos pontos mais conhecidos no Polje. Consiste numa nascente temporária que apresenta elevado caudal nos períodos mais chuvosos. Esta gruta é a conclusão da galeria principal, visitável, das grutas de Mira de Aire e as suas galerias chegam a atingir altura e largura próximas dos 10m, fazendo-se a sua entrada por um poço com cerca de 15 metros.

Imagens actuais (2010.03.28) do POIO de Minde