sábado, 31 de maio de 2003

Barragem do Carril - Pescador desaparecido - Noticia n' "O Templário"

Capa do Jornal "O Templário de 05 de Junho de 2003".
Mergulhadores na Foto (da Esq. p/ Dir.): Paulo Silva, Victor Ferreira (na margem), Francisco Simões e João Marques.
Na margem: Bruno Domingos.

Barragem do Carril - Pescador desaparecido


1º Mergulho no dia 01 de Junho
2º Mergulho no dia 01 de Junho
1º Mergulho no dia 02 de Junho
2º Mergulho no dia 02 de Junho
3º Mergulho no dia 02 de Junho

domingo, 25 de maio de 2003

Cacilhas - Seminário sobre Sistema de Autoridade Marítima

RELATÓRIO DE PARTICIPAÇÃO

Seminário “Os Bombeiros e o Sistema de Autoridade Marítima”

Introdução

Os tempos modernos e a exigência cada vez maior na nossa sociedade, obriga a que os Bombeiros tenham uma actualização constante nos conhecimentos no sentido de uma resposta eficiente ás solicitações de socorro por parte das populações.

Desde o inicio do século XX que década para década tem vindo aumentar exponencialmente o número de pessoas que se deslocam para o litoral em busca de sol, praia e mar. Este acréscimo verifica-se também no número de praticantes de Desportos Aquáticos o que exige novas preocupações na área de intervenção do socorro.

Foi neste contexto e com o intuito de alertar os Bombeiros para este facto, bem como para o “Sistema de Autoridade Marítima”, que a organização levou a cabo este Seminário.

Após análise a todo o programa do Seminário, sem dúvida que todos os temas abordados são pertinentes para a actividade de Bombeiro. No entanto, por motivos de doença de última hora do pai de um Bombeiro inscrito, só foi possível a deslocação ao seminário pelas 11:30 H.

Este facto em nada retirou o interesse na participação, por quanto o motivo de maior interesse centrava-se precisamente no programa da tarde.

Desenvolvimento

Durante o programa da tarde podemos assistir ao vivo a provas de Salvamento com recurso a motas de água, a embarcações semi-rigidas e a embarcações pneumáticas. Foi também possível assistir à exposição de meios de salvamento.

Conclusão

Pese embora o esforço louvável de todo o pessoal envolvido na organização, ficamos com um sentimento de “saber a pouco”. Os salvamentos efectuados no Mar, por serem um pouco afastados da costa não proporcionaram a observação necessária e desejada aos participantes que apenas observavam as provas.

Por outro lado, sentiu-se a falta de uma demonstração de um (ou mais) salvamentos recorrendo a nadadores-salvadores.

O Responsável pelo Núcleo,

Paulo Jorge Antunes da Silva

Quartel em Tomar, 29 Maio de 2003.


Núcleo de Mergulho - Fotos

sábado, 24 de maio de 2003

Albufeira Castelo do Bode - 3 Ilhas - Casalinho - Alverangel. Treino de Mergulho.

RELATÓRIO TREINO DE FORMAÇÃO


Albufeira Castelo do Bode – Alverangel (3 Ilhas) - 24 Maio 2003

Introdução

No seguimento dos treinos anteriores este treino foi realizado com o intuito de continuar a promover o contacto com o meio aquático/subaquático aos novos elementos da equipa, bem como a todos os restantes elementos, que por um ou outro motivo não têm tido esse contacto regularmente. Promover o espirito de grupo/equipa, a apreensão de novas técnicas e o aperfeiçoamento das adquiridas anteriormente foram outros dos objectivos propostos.

Descrição sucinta do treino
(Desenvolvimento)

- Briefing antes da partida com a reafirmação dos objectivos do treino;
- Chegada ao local e colocação do Barco na Albufeira. Breve revisão sobre a Condução da Embarcação;
- Resolução de problema técnico surgido. Motor do barco parou e não voltou a arrancar, até terem sido limpas por duas vezes as velas do motor.
-Verificação e reconhecimento de locais junto às margens do rio.
- Briefing após chegada ao local com a reafirmação dos objectivos do treino e constantes do plano de treino previamente fixado;
- Reconhecimento do local (Condições Meteorológicas, Local para equipamentos e verificação da existência de embarcações nas proximidades);
- Breve palestra com a descrição do local a nível subaquático (tipo de fundo, profundidades existentes e outros perigos presentes). Indicação do tipo de busca a efectuar em caso de ocorrência naquele local e descrição do mesmo ;
- Montagem de equipamento de segurança em redor do local (Bóias de Sinalização, Cabos guia, etc...);
- Re-certificação da operacionalidade de todo o equipamento;
- Mergulho de reconhecimento do local, até à profundidade de 11m;
- Debriefing;
- Regresso ao quartel, limpeza dos materiais e viatura e enchimento das garrafas

Conclusão

Face aos objectivos traçados no plano do 3º Treino Extraordinário 2003, poderemos dizer que os objectivos propostos foram cumpridos na integra, tendo-se notado significativa melhoria em relação a alguns aspectos verificados durante o 2º Treino. Maior aquacidade, maior entrosamento de equipa, melhor rigor na segurança, etc...

domingo, 18 de maio de 2003

Barreira da Serra. 2º Treino Extraordinário de Mergulho.

RELATÓRIO TREINO DE FORMAÇÃO

Albufeira Castelo do Bode – Barreira da Serra - 18 Maio 2003

Introdução

Os tempos modernos e a exigência cada vez maior na nossa sociedade, obriga a que os Bombeiros tenham uma actualização constante nos conhecimentos no sentido de uma resposta eficiente ás solicitações de socorro por parte das populações.

O surgimento de novos desportos aquáticos e de novos locais para prática dos mesmos, aliado a outros factores sociológicos, levou a um extraordinário aumento do número de praticantes nos chamados Desportos Aquáticos. Este facto é por si só fonte de potencial aumento do número de acidentes no meio aquático, e exige uma consequente e crescente preocupação dos Bombeiros nesta área.

Foi neste contexto e com o intuito de promover o contacto com o meio aquático/subaquático aos novos elementos da equipa, bem como a todos os restantes elementos, que por um ou outro motivo não têm tido esse contacto regularmente, bem como promover o espirito de grupo/equipa e a apreensão de novas técnicas e o aperfeiçoamento das adquiridas anteriormente, que o Núcleo de Mergulho levou a cabo mais este treino de mergulho.

Descrição sucinta do treino
(Desenvolvimento)

- Briefing após chegada ao local com a reafirmação dos objectivos do treino e já constantes do plano de treino previamente fixado;

- Reconhecimento do local (Condições Meteorológicas, Local para equipamentos e verificação da existência de embarcações nas proximidades);

- Breve palestra com a descrição do local a nível do subaquático (tipo de fundo, profundidades existentes e outros perigos presentes). Indicação do tipo de busca a efectuar em caso de ocorrência naquele local (praia fluvial não vigiada) e descrição do mesmo ("modus operandi");

- Montagem de equipamento de segurança em redor do local (Bóias de Sinalização, Cabos guia, etc...);

- Re-certificação da operacionalidade de todo o equipamento;

- Mergulho de reconhecimento do local, até à profundidade de 21m;

- De-briefing;

- Regresso ao quartel, limpeza dos materiais e viatura e enchimento das garrafas.


Conclusão

Face aos objectivos traçados no plano do 2º Treino Extraordinário 2003, poderemos dizer que o treino constituiu um sucesso total e que todos os objectivos propostos foram cumpridos na integra.

Porém, dado estarmos a falar de objectivos tão primordiais, não deixa de causar a sensação de “Saber a pouco”, face ao que se pretende num futuro imediato e ao que se entende por extremamente necessário.

Este treino veio “por a nu” aquilo que todos nós já sabíamos, ou seja, a falta de treinos, de mergulhos recreativos e/ou em operação, conduziu a um deficiente nível de aquacidade (leia-se – “O à vontade como o mergulhador se sente num meio que lhe é hostil”).

Como conclusão, deixo aqui excertos do relatório do “I Seminário Nacional de Bombeiros Mergulhadores” realizado em Viana do Castelo nos dias 23 e 24 de Maio de 1998 e que servem de conclusão e reflexão para os próximos treinos:

“As actividades de mergulho, sendo exercidas num meio hostil ao ser humano, revestem-se de potenciais e múltiplos perigos cujos riscos devem ser compreendidos pelos seus praticantes a fim de poderem ser diminuídos ou anulados os seus efeitos.” ;

“Esta e outras limitações constituem uma das dificuldades que é preciso ter em conta durante a formação dos mergulhadores, tornando-se oportuno redigir algumas considerações sobre situações indutoras de pânico, pois este factor é o principal responsável pelos acidentes mortais na prática do mergulho.

Com é óbvio, uma pessoa em pânico dificilmente consegue controlar-se, reconhecer os riscos que atravessa no momento e, por isso, não poderá por si só executar os procedimentos necessários à sua segurança.

A primeira regra fundamental para um elevado grau de segurança no mergulho é, sem dúvida, saber reconhecer o estado mental indutor do pânico. Para a maioria das pessoas isso é muito difícil de conseguir, pois os mecanismos que desencadeiam este estado emocional não permitem o discernimento dessa situação. Torna-se, por isso, necessária uma outra regra fundamental que permita salvaguardar a primeira: nunca mergulhar sozinho.

Se um mergulhador entrar em pânico, a presença de um companheiro poderá salvá-lo de qualquer consequência fatal, o que não aconteceria se estivesse entregue a si mesmo, num mergulho solitário.”

“A revisão periódica do material de mergulho, especialmente do regulador e da garrafa de ar comprimido, deve fazer parte dos hábitos do mergulhador, a fim de serem evitadas avarias em plena imersão”.

Sem mais de momento,
Com os Melhores Cumprimentos,

O Responsável pelo Núcleo,
Paulo Jorge Antunes da Silva

Quartel em Tomar, 21 Maio de 2003.

domingo, 11 de maio de 2003

Torres Vedras - Jornada Internacional "O Bombeiro no Resgate"

RELATÓRIO DE PARTICIPAÇÃO
“Jornada Internacional 2003. O Bombeiro no Resgate”

Introdução
Os tempos modernos e a exigência cada vez maior na nossa sociedade, obriga a que os Bombeiros tenham uma actualização constante nos conhecimentos no sentido de uma resposta eficiente ás solicitações de socorro por parte das populações.

O Aumento de participantes nos chamados Desportos de Aventura, tanto particular como em grupo, exige igualmente novas preocupações na área de intervenção do socorro. Assim, nos últimos anos a formação dos Bombeiros foi dotada de novas áreas:

- Resgate Urbano
- Resgate em Falésia
- Resgate em Montanha
- Resgate Aéreo
- Espeleosocorro
- Resgate em Mergulho

Foi neste contexto e com o intuito de apreensão de novas técnicas, bem como o aperfeiçoamento das adquiridas anteriormente, que a organização levou a cabo esta Jornada, onde estiveram presentes como oradores, algumas das figuras prestigiadas a nível mundial.

Com o apoio da Escola Nacional de Bombeiros, a entidade pedagógica nacional, pretendeu-se dar a conhecer a organização, manutenção e técnicas das equipas de resgate.

Após análise a todo o programa da Jornada, sem dúvida que todos os temas abordados são pertinentes e do maior interesse para a actividade de Bombeiro. No entanto, por motivos de disponibilidade (2 Dias), os elementos participantes na Jornada, optaram por centrar a sua maior atenção, essencialmente no tema “Resgate em Mergulho”.

Sendo este tema abordado na tarde de Domingo, dia 11, foi nesse período efectuada a deslocação para o efeito.

Antes do inicio da apresentação dos temas da tarde, tivemos oportunidade de visitar no local a exposição de materiais de resgate das diversas categorias.

Desenvolvimento
A 1ª intervenção assistida foi efectuada pelo Sr. Tenente Vaz da Escola de Mergulhadores da Armada Portuguesa. Desta intervenção, de entre outras coisas, saliento a abordagem feita aos temas; “Constituição de uma equipa de Mergulho”, “Factores que influenciam o método de Busca” e “Categorias de Buscas de fundo”. Como nota importante fica também a dica “Beber muita água, é um factor atnuante no surgimento de doenças de descompressão” .

Seguiu-se a intervenção do Sr. Comdt Arménio Moura, da E.N.B., com o tema “Os Bombeiros e os Socorros a Náufragos”.

Intervenção cujo conteúdo versou temas e conhecimentos recentemente abordados durante a realização do curso de “Condutores de Embarcações de Socorro”. Deixo aqui no entanto duas notas importantes tiradas do seu discurso, uma trata-se da informação de já estarem definidos no papel os conteúdos programáticos de dois novos cursos; o de “Bombeiro-Mergulhador” e o de “Supervisor Bombeiro-Mergulhador”, faltando (?) só a assinatura do protocolo entre a Marinha e a ENB, por parte da primeira. A outra nota foi a sua afirmação da qual, os participantes subscrevem na integra, “A prática da Busca e Resgate é um excelente meio de recrutamento para os Bombeiros” .

A intervenção seguinte ficou a cargo do Sr. João Neves – Formador e Técnico de Mergulho, sobejamente conhecido e prestigiado no meio. O tema abordado foi o de “Técnicas e Equipamentos de Mergulho de Resgate e Recuperação”.

Tratou-se de uma excelente apresentação em que se fez uma caracterização do Mergulho em Portugal, se falou da especificidade – diferenças entre mergulhador recreativo (que facilmente pode dizer “NÃO”) vs mergulhador de resgate e recuperação. E aqui registo a frase “Ser Mergulhador de resgate/recuperação está intimamente ligado à vocação”. Falou sobre o meio físico onde se desenvolve o mergulho, os requisitos para ser Mergulhador de resgate e o equipamento apropriado a utilizar.

Seguidamente, efectuou uma análise muito sucinta (o tempo não dava para mais) à cerca das técnicas de recuperação. “ Visibilidade na água” ; “Padrões de busca” ; “Comunicação” ; “Obstáculos” ; “Protecção” ; “Equipamento-Resumo” e “Minorizar o Stress”, foram alguns dos subtítulos apresentados.

Fica também a frase-chave, já sobejamente conhecida pelos mais atentos e interessados pelo tema, “A atitude correcta para com o Mergulho é o que nos mantêm vivos”.

A última (the last but not the lest) intervenção ficou a cargo do Sr. Mike Ange da ERDI (Emergency Response Diving International) cujo tema foi “O mergulho de resgate/recuperação nos E.U.A.”.

Apoiada por suporte multimédia muito bem montado pela organização com tradução simultânea e apresentação em Powerpoint na língua de Camões. Tratou-se de uma apresentação que classificaria de excelente.

Deixo aqui alguns “diapositivos” impressos que foram fotografados na altura.

Também o Sr. Mike marcou o seu discurso com uma frase chave a merecer uma grande reflexão de todos : “Quanto mais suarmos no treino, menos sangraremos no terreno”.

Seguiu-se por fim um debate, no qual o responsável do núcleo de Mergulho dos B.M.Tomar participou activamente, e tal como outras intervenções mereceu o aplauso da plateia. Parte do conteúdo desse debate deixo aqui em forma de conclusão.

Conclusão
Os factores particulares de stress encontrados pelos mergulhadores de busca e resgate são únicos no universo do mergulho. Em adição ao facto de frequentemente terem um limitado controle sobre o ambiente em que mergulham, estes poderão ter de lidar com decisões de motivação política menos avisadas, assim como uma panóplia de condições adversas presentes em praticamente todos os cenários de intervenção. Estas condições incluem o risco de contaminação por materiais perigosos, o stress psicológico e risco de mergulhar em águas com visibilidade nula, os factores psicológicos ligados à recuperação de cadáveres, etc. Como resultado, a formação especializada para este tipo de mergulho é mais exigente do que a encontrada no mergulho recreativo, e mesmo mais exigente do que a do mergulho técnico e deverá ser cada vez mais uma prioridade dos Bombeiros Mergulhadores em Portugal.

O Responsável pelo Núcleo,
Paulo Jorge Antunes da Silva

Quartel em Tomar, 17 Maio de 2003.